sábado, 30 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
BELÍSSIMA HOMENAGEM AOS PROFESSORES E PROFESSORAS!
Minha Primeira Vez...
Muitas coisas na vida a gente aprende com a família,outras com os amigos e muitas outras tantas aprendemos com nossos professores.
Quando criança,antes mesmo de entrar para a escola, minha avó me ensinou a juntar as letras. O mais engraçado é que ela não era totalmente alfabetizada.Minha avó me mostrava figuras nos livros e simulava a leitura, solenemente ela fingia entender os textos,eu acreditava...
Quando cheguei á quinta série, conheci Dona Wilma. Ela era uma mulher bonita,de cabelos claros,grandes óculos e ar aristocrático.Já conhecíamos sua fama de professora exigente,durona e para muitos,claro,chata.Muitos desses adjetivos eram verdadeiros, porém,havia um outro que eu descobriria tempos depois.
Dona Wilma era professora de Língua Portuguesa e tinha orgulho do que ensinava.
Minha história de cumplicidade com minha professora começou no dia em que ela nos apresentou um texto de Érico Veríssimo, intitulado O Gaúcho.Ela nos mandou ficar em silêncio e ordenou que lêssemos devagar.No outro dia nos mandou novamente ler o mesmo texto,mas desta vez em voz alta.E assim passaram-se alguns dias,até que ela nos separou em grupos e pediu para que cada grupo lesse um trecho do texto.Como um maestro rege sua orquestra, ela ia nos guiando pela história contada por Érico.
Sem perceber estávamos dentro dos pampas,viajando no lombo dos cavalos,tocando boiadas,respirando o cheiro da chuva na terra molhada , vestindo bombachas ,comendo suculentos churrascos e sorvendo o chimarrão quente.
Ela nos fazia respirar nas vírgulas e respeitar os pontos finais.No começo escorregávamos nas estrofes,nos atropelávamos nos hífens,mas sempre encontrávamos novamente o caminho nas reticências...
Quando percebi estávamos interpretando e sentindo através daquela leitura o poder que também tem a palavra escrita.Finalmente ela achou que estávamos prontos para enfrentar novos desafios.E estávamos...
Surpreendentemente numa tarde,já quase no final da aula ela saiu da sala e pouco tempo depois voltou com a diretora da escola,Dona Nadir.Dona Wilma pediu que ficássemos de pé e que lêssemos para nossa diretora.
E nós lemos...
O silêncio da sala foi quebrado com o ritmo surdo de cada palavra que saía de nossas bocas infantis,com cada respiração, ás vezes lenta ,ás vezes mais acelerada a maneira que sentíamos cada emoção que era expressa no texto.
Dona Nadir,de olhos fechados segurava as mãos de nossa professora como se estivesse voando sob os pampas gaúchos e com medo de perder para sempre aquele momento.
Quando terminamos a leitura,fez-se novo e demorado silêncio.Dona Nadir abriu os olhos e víamos que não escondia algumas lágrimas,me lembro perfeitamente do ela disse á nossa professora.Ela disse que aquele era o maior troféu para quem ensina...
Sou um apaixonado pela arte e devo isso á Dona Wilma,muito do que me tornei devo a tudo que ela me ensinou.E a agradeço pela insistência,pela paciência que teve com cada um de nós.E temos certeza que ela deixou marcas indeléveis no caráter de quem teve o privilégio de ter sido seu aluno.
Dona Wilma Alvarenga de Oliveira faleceu em um acidente de automóvel no dia 10 de outubro de 1986, na Via Dutra.
Hoje em dia,quando passo em frente a escola que leva o seu nome,faço sempre uma reverência.
Dona Wilma era verdadeiramente uma grande artista e dominou como poucos a arte de ensinar.
Marcos"Tecora" Teles
55 11 7745 5937/5812 4824/5872 2883
Muitas coisas na vida a gente aprende com a família,outras com os amigos e muitas outras tantas aprendemos com nossos professores.
Quando criança,antes mesmo de entrar para a escola, minha avó me ensinou a juntar as letras. O mais engraçado é que ela não era totalmente alfabetizada.Minha avó me mostrava figuras nos livros e simulava a leitura, solenemente ela fingia entender os textos,eu acreditava...
Quando cheguei á quinta série, conheci Dona Wilma. Ela era uma mulher bonita,de cabelos claros,grandes óculos e ar aristocrático.Já conhecíamos sua fama de professora exigente,durona e para muitos,claro,chata.Muitos desses adjetivos eram verdadeiros, porém,havia um outro que eu descobriria tempos depois.
Dona Wilma era professora de Língua Portuguesa e tinha orgulho do que ensinava.
Minha história de cumplicidade com minha professora começou no dia em que ela nos apresentou um texto de Érico Veríssimo, intitulado O Gaúcho.Ela nos mandou ficar em silêncio e ordenou que lêssemos devagar.No outro dia nos mandou novamente ler o mesmo texto,mas desta vez em voz alta.E assim passaram-se alguns dias,até que ela nos separou em grupos e pediu para que cada grupo lesse um trecho do texto.Como um maestro rege sua orquestra, ela ia nos guiando pela história contada por Érico.
Sem perceber estávamos dentro dos pampas,viajando no lombo dos cavalos,tocando boiadas,respirando o cheiro da chuva na terra molhada , vestindo bombachas ,comendo suculentos churrascos e sorvendo o chimarrão quente.
Ela nos fazia respirar nas vírgulas e respeitar os pontos finais.No começo escorregávamos nas estrofes,nos atropelávamos nos hífens,mas sempre encontrávamos novamente o caminho nas reticências...
Quando percebi estávamos interpretando e sentindo através daquela leitura o poder que também tem a palavra escrita.Finalmente ela achou que estávamos prontos para enfrentar novos desafios.E estávamos...
Surpreendentemente numa tarde,já quase no final da aula ela saiu da sala e pouco tempo depois voltou com a diretora da escola,Dona Nadir.Dona Wilma pediu que ficássemos de pé e que lêssemos para nossa diretora.
E nós lemos...
O silêncio da sala foi quebrado com o ritmo surdo de cada palavra que saía de nossas bocas infantis,com cada respiração, ás vezes lenta ,ás vezes mais acelerada a maneira que sentíamos cada emoção que era expressa no texto.
Dona Nadir,de olhos fechados segurava as mãos de nossa professora como se estivesse voando sob os pampas gaúchos e com medo de perder para sempre aquele momento.
Quando terminamos a leitura,fez-se novo e demorado silêncio.Dona Nadir abriu os olhos e víamos que não escondia algumas lágrimas,me lembro perfeitamente do ela disse á nossa professora.Ela disse que aquele era o maior troféu para quem ensina...
Sou um apaixonado pela arte e devo isso á Dona Wilma,muito do que me tornei devo a tudo que ela me ensinou.E a agradeço pela insistência,pela paciência que teve com cada um de nós.E temos certeza que ela deixou marcas indeléveis no caráter de quem teve o privilégio de ter sido seu aluno.
Dona Wilma Alvarenga de Oliveira faleceu em um acidente de automóvel no dia 10 de outubro de 1986, na Via Dutra.
Hoje em dia,quando passo em frente a escola que leva o seu nome,faço sempre uma reverência.
Dona Wilma era verdadeiramente uma grande artista e dominou como poucos a arte de ensinar.
Marcos"Tecora" Teles
55 11 7745 5937/5812 4824/5872 2883
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
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terça-feira, 5 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
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